domingo, 1 de setembro de 2013

Qual a boa do fim de semana?



Chega a noite de sábado e, como sempre, você quer marcar um programinha legal. Mas se lembra que agora é mãe de um recém-nascido e, até ele ficar mais crescidinho, vai ser difícil manter aquela rotina agitada de antes. Mas tem horas que sair da mesmice de casa é necessário e tudo é uma questão de escolha.

Se você não é do tipo caseira e gosta de sair, ver gente e bater papo com os amigos, seus primeiros dias como mãe serão difíceis - muito difíceis - e, passados os dias em que você só vai pensar em descansar, começa a despertar a vontade desesperada de ter contato com outras pessoas além de seu filhote. Não vai inventar de bater perna com o menino que ainda não tomou todas as vacinas e é
muito frágil para tanta exposição, mas chamar uns amigos em casa pode, não pode? Bem, aí você tem que pesar o que vale mais: abrir mão dessa farrinha e descansar ou perder umas horas de sono para se divertir um pouco.

Sim, é o preço que se paga. Eu descobri que meu filho dorme bem depois do banho que damos no início da noite. O "bem" quer dizer mais de quatro horas. E isso tem sido regra geral. É o único momento em que eu não me sinto de "sobreaviso" porque ele apaga mesmo e não acorda com nada. É nesse momento que eu me recolho também. É cedo, coisa de oito da noite, mas durmo pesado até a meia noite, quando ele acorda querendo mamar.

Todos os dias eu vou dormir triste porque, na verdade, queria poder ficar conversando um pouco com meu marido - já que eu passo o dia sozinha e meu assunto não sai muito das trocas de fraldas e mamadas. Acontece que preciso dormir para aguentar a maratona da madrugada. Mas chega o fim de semana e... Ai, eu preciso desopilar. Neste sábado à noite, recebemos meu pai e meu cunhado. Vieram passar umas horinhas para tomar uma cerveja com meu marido. Eu podia ter ido dormir, mas tem horas que extravasar e conversar assuntos diferentes com pessoas diferentes é infinitamente maior que o cansaço - pode acreditar. 

Aí é uma questão de priorizar. Nesse sábado, fiquei com o pessoal em casa até umas onze da noite, quando foram embora, e meu filhote já acordou com fome. A partir daí, a madrugada foi um desastre. Ele não quis dormir logo e fiquei até às duas da madrugada tentando fazê-lo dormir. Depois ele acordou mais duas ou três vezes e deu trabalho para pegar no sono.

Se eu tivesse dormido as quatro horas no início da noite, teria suportado mais esse contratempo. Mas foi cansativo. Uma madrugada daquelas em que a criança chora, chora, chora. Você já deu o peito, ja tentou uma posição, tentou outra, foi para a cadeira de balanço, sacudiu, cantou, o diabo, e ele não dorme. Aí a gente, cansada, com sono, acaba dizendo "Que invenção foi essa de ter um filho?! Vai ser isso todo dia?". 

Pois é, tudo uma questão de escolha. Sei que a madrugada foi pesada, mas eu precisava, demais, da conversa com os amigos. Comer uma pizza em casa, rir, bater papo. Faz parte. Muitas vezes o cansaço da rotina é maior que o físico. E a necessidade de ver gente diferente é maior que a de descansar. Então, faça as duas coisas. Não tire todos os seus momentos vagos para dormir. Com o tempo, você vai conhecendo seu bebê e descobrindo os momentos em que você também pode aproveitar para cair na cama por mais tempo. Mas lembre-se que também contribui para seu estresse a mesmice do dia a dia. Então, tire uns momentos para curtir um pouco. Mesmo que isso lhe renda uma madrugada daquelas. 

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