domingo, 8 de setembro de 2013

E quando o programa fura?



Seus planos para o fim de semana deram errado, você fica com vontade de chorar mas não pode contar para ninguém, porque ninguém vai entender o motivo de tanto drama.

Se você está acompanhando este blog, deve ter lido uma postagem sobre o que fazer no fim de semana. É quando você precisa deixar um pouco de lado a vontade de descansar para cobrir outra necessidade: a da diversão. Agora vem a pior parte: e quando seus planos vão por água abaixo?
Quando você passou a semana sabendo que vai fazer algo diferente no sábado - sim, diferente do de sempre, como trocar fralda, amamentar, blá blá blá... Enfim, o de sempre - e, de repente, o programa fura? É sentar e chorar.

Esse sábado acordei às seis da manhã morrendo de sono, mas por uma boa causa, porque seria um dia diferente. Passei a semana esperando por este dia, quando iríamos encontrar minha família em um hotel em Porto de Galinhas (na verdade, Muro Alto, no litoral Sul do estado). 
Saímos pouco depois das oito e meia - pois é, com filho você demora muito mais para conseguir sair de casa - e, no caminho, dentro do carro, eu já tinha dado de mamar duas vezes. Tudo bem, sem riscos de acidente, o trânsito estava pa-ra-do. Então o cenário era este: quase meio dia, carro andando a cinco ou seis quilômetros por hora, ainda longe da entrada da cidade, com um bebê no meu colo ora mamando, ora chorando, ora golfando, e a sensação de que o resto do dia seria ali, naquele maldito engarrafamento. 

Quando eu disse "É sentar e chorar", pode chorar mesmo, que faz bem, mas não deixa isso durar mais que dez minutos, heim? Ainda tem um resto de fim de semana e você ainda precisa desopilar. Então, desamarra essa cara e muda logo os planos.

"Amor, pode parar. Pega o retorno. Não vamos insistir mais não. Desisto do programa", eu disse ao meu marido, que certamente só estava mesmo insistindo no passeio porque sabia da minha necessidade em passar um dia diferente e divertido. Voltamos. Se você tem um bebê recém-nascido e também está intocada dentro de casa, vai entender isso: deu uma vontade danada de chorar. 

No caminho de volta, vim digerindo a mudança e reprocessando os planos. "Vamos a um restaurante bom!", eu disse. Claro que não foi a mesma coisa que passar um dia inteiro com a família em um hotel legal, mas pelo menos não fomos direto para casa. Eu vi gente, me distraí e o passeio foi divertido. 



À noite, para não dormir cedo, fiz um programinha a dois (ou melhor, agora é a três, né?). Jantarzinho em casa. Diferente das outras noites, me dei ao luxo de dormir um pouco mais tarde e então pude conversar muito (só mulher sabe o que é ficar em casa "sozinha" e não ter com quem conversar. Falar é uma necessidade básica feminina).





É isso. Esse texto é só para você saber que não é a única que tem vontade de chorar quando os planos dão errado. Mas também para saber que não pode sair por aí desabafando com as pessoas. Elas não sabem o que representa para você um programinha legal quando você já não aguenta mais ficar confinada em casa. Então, deu errado? Chore, mas pouco. Enxugue logo essas lágrimas, refaça os planos, coloque um batom e aproveita o tempo que te sobra.

5 comentários:

  1. Sarinha, acho que vou ser como tu. Do jeito que adoro uma rua...É difícil mesmo essa readaptação. Um beijo! Bruna Siqueira

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    1. É difícil, sim, Bruninha! Mas tem horas que a gente consegue segurar a barra! ;)

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  2. Este comentário foi removido pelo autor.

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  3. Oi mamãe Sarah...
    Com o JR tivemos uma mudança radical em nossos programas... Por mais que tivéssemos nos preparado mentalmente para a nova vida, o choque sempre é terrível... "Eles" tomam conta literalmente de nossas vidas... kkkkk Mas, felizmente, é só nos primeiros meses que parecem anos intermináveis!... Sofri demais com Lígia chorando com pouco leite.. Chorava JR, chorava Lígia e chorava eu!...Planejávamos um programinha diferente.. ( programinha diferente era não ficar em casa o dia inteiro... qualquer coisa servia desde que saíssemos de casa... kkkk ) Tudo dava errado!... kkkkk Foi assim até os três primeiros meses... Depois as coisas foram melhorando, fomos entendendo a linguagem do rebento, fomos nos conscientizando que a natureza é sábia e que não poderíamos mudar tudo só para que estivéssemos bem... Hoje temos um homem dentro de casa, que só nos dá muito orgulho e satisfação em sermos seus pais... VALE MUITO A PENA...VALEU MUITO A PENA TER "PARADO" NOSSAS VIDAS para que a natureza fizesse a sua parte... O Eduardinho é o complemento indispensável ao amor de vocês... É isso... enxuga as lágrimas, retoca o batom... E chora novamente caso seja necessário!.... kkkkkk Um grande beijo nessa FAMÍLIA linda!...

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