segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Os cinco sentidos do bebê



Quando ainda estava grávida, eu costumava cantar uma musiquinha, alisando minha barriga. A canção diz "To louca pra te ver chegar. To louca pra te ter nas mãos. Deitar no teu abraço, retomar o pedaço que falta no meu coração". O incrível é que hoje, sempre que eu canto essa música para meu filho ele se acalma e adormece. Coincidência? Não, não é à toa que o bebê pode reconhecer os sons que escutava enquanto você o esperava na barriga. Faz sentido. Aliás, é disso que vamos falar agora: dos cinco sentidos do bebê.

A criança não nasce com os sentidos totalmente desenvolvidos, mas eles podem ser estimulados pelos pais. E não apenas por puro prazer em ver seu filho se desenvolver, mas porque esse estímulo é importante para passar segurança à criança. Os cinco sentidos básicos são desenvolvidos já no sétimo mês de útero e, quando o bebê nasce, ele responde a alguns estímulos do ambiente.

O recém-nascido ainda enxerga vultos, pois seu sistema visual ainda é imaturo. Mas ele pode enxergar bem a uma distância de 12 cm a 30 cm. Ou seja, quando você estiver amamentando seu filho, saiba que ele pode estar vendo bem sua mamãe. Dentro do útero, a criança está acostumada a um ambiente escuro, por isso ele fecha os olhos com força quando é exposto a uma luz forte. Em lugares mais escuros observe que se filho vai arregalar os olhos. Se seu bebê nasceu com os olhos vermelhos e inchados, isso é normal, por conta das contrações do parto. O rostinho dele ficará normal em alguns dias. Qualquer alteração além disso, procure o pediatra.

Falando agora daquela musiquinha que o bebê reconhece depois que nasce, essa parte é gostosa, especialmente se você, que está lendo esse texto, ainda estiver grávida. Saiba que seu filhote já ouve sua voz no último trimestre de gestação. Então, aproveita para cantar algo que goste. Lembro que, quando eu descobri isso - devia estar no sexto ou sétimo mês de gestação - falei para meu marido e ele, prontamente, encostou em minha barriga e cantou o hino de seu time de futebol. 

Mas é verdade. Ele escuta uma voz abafada, assim como os sons dos batimentos cardíacos, respiração e digestão. É por isso que seu filho pode se acalmar fácil e adormecer quando sua cabeça é colocada contra o peito da mãe. Os sons que ele escutará são familiares e confortantes. E todos os sons baixos e ritmados passam esse conforto. No entanto, sons altos e agudos costumam incomodar o bebê. Estimular sua audição com caixinhas de música, brinquedos que emitem sons agradáveis e música baixa vale a pena. Assim como cantar para a criança. Ainda mais se a voz for da mamãe.

Falando agora de olfato, sabe aquilo de "cheiro de mãe é cheiro de mãe"? Pode crer. Os bebês reconhecem fácil o cheirinho de sua mãe, principalmente com a amamentação. Assim como chegam ao mundo sabendo distinguir cheiros bons de ruins. 

Em relação ao paladar, se algum dia for necessário dar um remédio para seu bebê, você pode perceber uma reação rápida se o medicamento for azedo ou doce. Os bebês não nascem com os botões gustativos totalmente maduros, mas eles podem diferenciar o doce do azedo. E normalmente eles preferem o primeiro. 



Por fim: o tato, não menos importante de ser estimulado. É através do toque que se faz uma das mais importantes comunicações com o bebê. Toque em seu filho. Em todo o corpinho dele. Toque nele enquanto ele mama, trocando sua fralda ou no banho. Toques suaves e rítmicos, porque é assim que ele esteve acostumado dentro do útero. O balanço também o conforta porque ele também se acostumou com os embalos da mãe grávida. 

Aí nosso bebê vai crescendo e nós vamos ficando admirados com sua evolução. Por exemplo, quando você começa a perceber que seu filhote já a acompanha com os olhos, mudando a direção quando você se movimenta. Uma delícia! São essas descobertas diárias que nos emociona e nos faz querer conhecer nosso bebê cada vez mais.

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