segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

Os fortes sentimentos na gravidez



Essa semana encontrei um casal amigo que está esperando um bebê e meu marido perguntou à futura mamãe: "E o seu humor, mudou?". Antes que ela respondesse, ele percebeu que havia perguntado à pessoa errada, afinal quem melhor poderia dizer, sinceramente, se ela estava mesmo alterada era o marido. Logo, ele olhou para o amigo, que vai ser pai em breve, e lançou a mesma pergunta. Mas ambos foram sinceros e respoderam na mesma hora numa sintonia bonita: "Ô!".

Sim, a gente muda pra caramba. A verdade é que as mulheres, em geral, quando engravidam, passam por uma série de alterações em seu corpo. E isso reflete também em seu comportamento. São oscilações de temperamento que aparecem desde que o bebê começa a se desenvolver. Daí, um turbilhão de sentimentos invade a cabeça da futura mãe. É alegria, euforia, medo, ansiedade, tristeza, tudo junto e misturado, e numa dosagem altíssima.

A boa notícia é que, assim como você faz na TPM, ou seja, em toda véspera de menstruação, pode culpar os hormônios. É a grande alteração no nível do estrógeno a responsável pelo aumento das taxas durante a gravidez. Tem ainda a participação da progesterona, que tem a missão de adequar o útero para receber o embrião. 

Não é fácil não. E começa tudo no primeiro trimestre, quando esses sentimentos são bem mais intensos. Nesses primeiros três meses, as taxas de estrógeno e progesterona vão às alturas bruscamente. Mas põe bruscamente nisso! E tem mais: você passa a lidar com a novidade de que há um bebê se desenvolvendo em seu corpo. Então, a felicidade é indescritível, mas o medo e outros sentimentos também chegam com força.

E sabe o que é pior, na real? A mulher é quase que obrigada a mostrar que está feliz, como se a demonstração de insegurança fosse algo politicamente incorreto. Por medo de as pessoas a julgarem uma péssima mãe, ela não pode dizer que está com medo ou não está gostando da ideia de estar enjoada ou com azia ou pés inchados ou qualquer coisa que incomoda, e incomoda mesmo! Aí você tem que sorrir e dizer "Estou amando a ideia! Super feliz! Não vejo a hora de ter esse bebê porque eu estou suuuuuper preparada para isso", por mais que não esteja.

E isso te faz ficar ainda mais angustiada. O problema é quando você acaba descontando nos outros. Se você é uma futura mãe, pega leve em casa antes de sair brigando com todo mundo e se sentindo no direito de fazer isso porque está grávida. Você tem todo o direito de se sentir estressada, sim. Mas não de dar patada. Mas se você é o pai em questão, alivia a barra da mamãe porque nada é tão de propósito assim.



Culpa dos hormônios, sim, menina! E não pense que é moleza lidar com tudo isso. Respeite a confusão que está aí dentro e entenda que é passageiro. Mas não se acomode pensando que as pessoas "têm que entender e pronto!". Saiba conviver com todos de maneira harmoniosa, na medida do possível. E lembre-se: seu bebê precisa de você calma e tranquila, mesmo quando ele está ainda aí dentro. Evite tudo o que lhe causa estresse, porque essa parte não depende dos hormônios, mas de você mesma.

E o que fazer para amenizar esses fortes picos de euforia? Ah, sim, essa conversa tem mais pano pra manga. Vamos deixar isso para amanhã. 

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