sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

O primeiro dia de trabalho



Votei a trabalhar ontem e, assim que cheguei lá, é lógico que a pergunta que mais ouvi foi: "E aí, como está o coração, estando longe de seu filho?". Era inevitável essa pergunta e eu achei que iria chorar sempre que eu a escutasse. Que nada. Até que foi tranquilo. Mas talvez porque eu havia trabalhado isso na minha cabeça, antes, ao invés de ser pega de surpresa com o afastamento do meu bebê.

Ajuda. Pode apostar que passar algumas horas por dia longe de seu filho ajuda muito a ir se acostumando. Fiz isso pelo menos uma semana antes do meu retorno. Passei as tardes separada dele. Lógico que à noite eu queria mordê-lo de tanta saudade. Era a semana de adaptação, quando o pai estava dando o banho e o leitinho para dormir. Uma noite dessas eu não resisti e "Ah, já vimos que ele pega a mamadeira com facilidade. Me dá aqui! Eu quero dar de mamar!!". 

É disso que eu vou sentir falta, eu sei. De colocar meu filho para dormir, já que eu devo largar do trabalho tarde e não acho justo atrasar o horário dele para dormir. Criança precisa de rotina, de fazer as coisas nos horários certinhos. Não vou fazer meu bebê dormir mais tarde só para satisfazer minha vontade e matar a saudade. Mas que é osso duro, é!

Voltando ao assunto "primeiro dia de trabalho", o dia foi mesmo de trabalho. Só. Não gosto de levar problemas de casa para o trabalho. Evito isso ao máximo. E iria ser péssimo trabalhar triste com o pensamento no meu bebê. A dica é mergulhar na atividade. Quanto mais coisas para fazer, melhor. Você não se desconcentra e o dia acaba passando rápido. 

Mas não deixa de ser difícil isso que a gente sente. Por um momento, chega a passar pela sua cabeça a vontade de largar tudo por achar que não suportará estar longe de seu filho, mas passa. Passa sim. Se você precisa - e quer - trabalhar, o negócio é mesmo se concentrar no trabalho e esperar se acostumar com o afastamento. Psicólogos dizem que essa relação é saudável para ambos e o amor de seu filho por você não diminui com a distância. Então, bola pra frente! O coração fica apertadinho mas a gente acostuma.

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