sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

Ainda mais independente

 

Não é porque seu bebê já é quase um "rapazinho" - ou uma "mocinha" - que está tudo muito bem resolvido na cabecinha dele. Esta semana falamos das crises pelas quais passam os pequenos, desde os três meses de idade a quase um ano. Mas depois disso, outras perturbações rondam o mundo de nossos filhotes. E, mais uma vez, saiba que tudo pode ser descontado no sono, na fome e no humor.

Quando vai se aproximando dos dois anos de idade, a criança já deve estar se sentindo mais segura e independente. Ainda pode dar trabalho deixá-la na escolinha e conseguir ir embora sem que ela chore, mas agora pelo menos ela já tem experiência e memória o suficiente para entender que a mãe vai voltar. E, como disse no texto de ontem, não saia de fininho. Explique o que está acontecendo. Ajude seu filho a desenvolver o raciocínio e adquirir confiança.

Confiança, aliás, é a palavra-chave. Quem acompanha o blog desde o início, já deve ter lido o quanto é importante você manter a calma sempre, nos cuidados com o bebê e estabelecer uma rotina, para que a criança fique tranquila, segura e confiante. O bebê cresce e essa confiança que você construiu fica clara. Depois dos dos aos de idade, a criança começa a querer ser dona do próprio nariz e tome a se aventurar. E tudo porque ela tem segurança em você. Daí começa a ter vontades e tomar decisões por conta própria, como querer subir sozinha no elevador porque "já tem idade para isso".

Daí, essa independência só faz aumentar. Especialistas dizem que a criança pode começar a querer andar a uma distância maior que você, não querer mais dar a mão na rua... Ela vai te tratar, conhecer seus limites, ver até onde pode chegar. 

Abra o olho, mamãe. Veja lá o que ela pode fazer e o que realmente ainda não está na idade. Se for necessário, diga "não". E explique o motivo do "não". 

quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

A independência: mais uma crise



Esta semana estamos conversando sobre as crises dos bebês. Pois é, é tanta coisa que envolve o mundo desses pequenos que a gente nem imagina. Ele sempre dormiu bem à noite e, de repente passou a acordar muito? "É dentinho nascendo!", a gente pensa logo. Mas não necessariamente. Existe o lado psicólogo. Sim, nosso bebês crescem e também há uma série de fatores que podem perturbar a cabecinha deles até eles se acostumarem com a nova situação. 

Por volta dos 7 meses, por exemplo, a criança começa a compreender que é independente de você. Isso mesmo, essa hora iria chegar mais cedo ou mais tarde. Esse é um dos seus mais importantes saltos cognitivos, mas - não tem como ser diferente - isso vai mexer muito com seu bebê. Ele vai ficar ansioso porque o elo que tem com você é tão forte que basta você se ausentar um minutinho para ele cair no choro.

Uma pesquisa britânica comprovou que os bebês com menos de um ano não sabem de sua própria existência. Foram colocados vários bebês em frente a um espelho para se observar se eles entendiam que os movimentos eram deles mesmos. Não entenderam. Os bebês tentaram tocar no reflexo achando que eram outras crianças. Depois os cientistas pintaram a ponta do nariz deles e, ao invés de eles tocarem em seus próprios narizes, voltaram a tocar o espelho.

Dentre as brincadeiras com o bebê nesta fase, está uma muito aconselhada por psicólogos, que é a de "Cadê a mamãe? Achou!!". A mãe se esconde, ou coloca um pano em sua frente, e em seguida aparece, fazendo a criança entender que a mamãe some, mas volta. Essa fase dura mais ou menos até um ano de idade, em geral.

E especialistas dizem: nada de sair de fininho, escondido. Se você precisa ir trabalhar, ou está deixando seu bebê na escolinha e ele chora, não suma, não engane seu filho. É pior, pois ele sentirá mesmo a sensação de abandono. Vai ficar ainda mais assustado. Explique para onde vai e que retornará. Com o tempo ele vai entender, mesmo que até lá ele continue chorando sempre que você vai embora e você saia com o coração na mão, chorando também. 

É difícil, assim como tudo que mexe com a gente a vida inteira. Não pense que com os bebês é diferente. Entenda cada probleminha que passa  por aquela cabecinha e seja paciente e carinhosa. Inclusive durante as madrugadas. Ele precisa de você, de sua ajuda, de sua compreensão.

quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

A crise do triângulo familiar



Ontem falei da crise dos três meses, quando o bebê começa a descobrir que ele e a mãe não são a mesma pessoa e que existe a possibilidade de ele se afastar dela ou até mesmo perdê-la. Pois bem, saiba que depois de superada essa fase, seu bebê deve passar por outras crises. E tudo é descontado no sono, na falta de apetite e ele fica irritadinho. Ou seja, além de seu filhote não estar bem, suas noites de sono voltam a ser comprometidas.

Quando o bebê tem entre cinco e seis meses de idade, outras perturbações chegam à sua cabecinha. Começa aí a chamada crise da formação do triângulo familiar. Que danado é isso? Simples: é quando a criança começa a perceber o pai. Por mais presente que esse pai tenha sido desde o nascimento do filho, por mais fralda que tenha trocado e mais leitinho que tenha dado - não fique com raiva não, papai - somente agora seu bebê entende quem é você (progenitor) nessa história. Isso é em geral, lógico, porque é a mãe que usufrui da licença maternidade e fica ali vinte e quatro horas por dia com o bebê. Então perto dos seis meses se dá início à formação do triângulo – e da crise.

Não há como ter certeza de que ele está passando por está crise. Aliás, quem tem bebê sabe que quase nada se sabe com certeza. O que você jura ser cólica pode ser choro apenas por sono, por mais que ele encolha as pernas e grite. Não se tem muita certeza de quase nada mesmo, mas alguns sintomas da crise do triângulo familiar são certos, como a falta de apetite e transtorno no sono. Pode ser dentinho nascendo? Pode. Afinal, em muitos bebês os dentes começam a nascer nessa fase. Então é preciso diferenciar.

Mas, aqui pra nós, mamãe, essa crise não atinge somente os bebês, mas as mães também. É quando ela se dá conta de que, para o filho ser feliz e saudável, ele precisa ter uma relação a triangular e não uma relação de cordão umbilical com você. É hora do pai entrar em ação e cortar essa simbiose.

Então, agora que você entende o que está acontecendo e entende porque você certamente andava agitada, com um sentimento de posse sobre seu pequeno, vamos trabalhar isso na sua cabeça. Aceite o amor que outras pessoas também podem dar a seu pequeno. Até porque - não esqueça disso - você vai continuar sendo a pessoa mais importante na vida de seu filho. 

terça-feira, 28 de janeiro de 2014

E ele descobre que você é outra pessoa



Sabia que, até um determinado momento, seu filho pensa que você (mamãe) e ele são uma única pessoa? E quando ele descobre que não? Entra em crise! Você sabe como lidar com isso?

Engraçado, essa semana eu percebi que meu filho havia perdido totalmente seu ritmo de sono e que agora não existe mais regra: tanto faz ele dormir às 20h e despertar somente às 4h da manhã ou acordar a cada duas horas. O que houve? Comecei a pesquisar e vi que os bebês passam por períodos de crise, olha só! Vamos começar do começo, falando da crise dos três meses.

O primeiro trimestre é chamado de período simbiótico. Quando o bebê completa três meses, é um momento tão particularmente marcante que alguns autores chamam de nascimento psicológico, diferenciando do biológico, que é quando o bebê nasce mesmo. Acho que é a crise mais interessante do bebê. Até aqui, a criança não entende que ela e sua mãe são pessoas distintas. Ela não sabe onde ele termina e onde você começa. Acha que é parte de você. A partir daí, o bebezinho começa a olhar mais nos olhos da mãe, brinca com o peito enquanto mama e passa a perceber que a mãe é uma outra pessoa. Aí começa a crise: "E se mamãe for embora?", "E se eu chamar e ela não escutar?". Claro que seu bebê não pensa exatamente isso, mas é como se pensasse. 

É fácil identificar se a criança está passando por esta crise? Bem, antes de tudo, converse com o pediatra de seu filho, mas especialistas dizem que dentre os sintomas estão: não querer mamar de uma hora para a outra, passar a dormir mal ou ficar agitados sem motivo. Muitas mães não entendem como o bebê, que mamava mais de dez minutos, de repente mama cinco ou menos e não quer mais. Faz parte desse período, viu mamãe? Como também faz parte ele perder um pouco de peso. 

Essa crise dura coisa de 15 dias e o que os pais podem fazer para ajudar é manter a tranquilidade. Sim, são muitas as surpresas que envolvem o universo desses pequenos, mas lembre-se que eles precisam passar por essas crises para crescerem. Seja compreensiva nas suas noites mal dormidas. E nada de medicamentos, seu filho só precisa de sua atenção. 

Meu filhote já vai fazer seis meses e já passou por isso. Certamente está agora passando por outra. Sim, depois dos três meses tem outras crises. A gente fala sobre isso amanhã. 

segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

Saindo leite pelo nariz?



Você está amamentando seu filho e, quando observa, está saindo leite pelas narinas dele. E aí? Pois é, acontece. Meu filhote não teve esse problema, é algo raro, mas pode acontecer de seu bebê expelir leite pelo nariz enquanto mama. A princípio não é nada grave, viu? Saiba apenas o que fazer se isso ocorrer e procurar ajuda se persistir. 

É por conta do refluxo do bebê que ele pode vir a expelir o leite pelo
narizinho. O refluxo fisiológico acontece quando há um desvio da rota do alimento. E isso causa um desconforto danado, então é normal que ele chore ou fique irritadinho. Sabe quando a gente tem azia ou queimação? Com os bebês, como eles só se alimentam de líquidos e os esfíncteres do esôfago ainda não estão amadurecidos, pode ser comum que isso aconteça, daí o leite passa do estômago para o esôfago e eles regurgitam.

De acordo com pediatras, normalmente o simples fato de a mãe levantar a criança constuma ser o suficiente. Se, mesmo assim, isso continuar, deixe a cabeça dela mais baixa e dê duas palmadinhas de leve para pressionar o pulmão. Esse movimento serve para fazer a desasfixia. Mas se ainda assim o leite não parar de escorrer, leve o bebê ao hospital. Caso isso aconteça com uma certa frequência, é bom avisar ao pediatra para um acompanhamento.

E tem como evitar que isso aconteça? Em tese, sim. Para evitar o refluxo, a mãe deve colocar sempre o bebê para arrotar. É importante não agitar a criança depois e o ideal é que ele só durma 40 minutos depois de mamar. É uma barra! Quase nunca a gente consegue esperar tanto, de tanta coisa que tem para fazer depois que ele dorme, mas se seu bebê sofre com o refluxo, tenta seguir as recomendações. 

Esse é o refluxo fisiológico. Existe ainda o patológico, e para ambos os casos é importante o acompanhamento do pediatra, mas o patológico acontece em crianças maiores e necessita de um tratamento especial. Você identifica esse refluxo quando, além dos vômitos, a criança fica irritada, chora muito, tem dificuldade para dormir, não quer comer e fica com complicações no nariz, ouvidos e garganta. Fica atenta, porque aí é preciso tratar.  

sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

O perigo do bebê conforto



Calma, não precisa se desfazer desse objeto tão útil e necessário na vida de toda mãe. O bebê conforto, aquela cestinha que a gente usa para tranportar o bebê no carro - e que muitos podem ser acoplados no carrinho do bebê - são fundamentais, sim, por vários motivos, mas também podem representar um perigo se não forem usados de maneira correta. 

Para começar, uma pergunta: você coloca o cinto no seu filho mesmo quando ele está em casa, no bebê conforto? O que acontece é que muitos pais subestimam os movimentos da criança. "Ele é muito novinho, mal sabe se mexer ou se levantar", dizem. Ok, mas seu filhote está sempre se desenvolvento e, em algum momento - pode apostar - ele vai saber se levantar. E quando isso acontecer, pode ser tarde demais. Ele dá um impulso para frente, você não o alcança a tempo e o acidente é certo. Confie não: coloque o cinto. E isso vale também para qualquer cadeirinha ou carinho.





De acordo com uma pesquisa publicada pela revista Pediatrics, da Sociedade Americana de Pediatria, pelo menos 9 mil crianças por ano, nos Estados Unidos, sofrem acidentes relacionados ao bebê conforto. Fui alertada sobre o uso do cinto quando meu filho ainda era muito novinho, mas já se movimentava muito enquanto deitadinho. Não há um único minuto em que eu me ausente, para pegar o
controle remoto da televisão no sofá, por exemplo, que eu deixe meu pequeno solto no bebê conforto. Eles são rápidos e espertos. 

Dentro do carro, mesma coisa. E, lógico, estamos agora falando de algo muito mais grave. Não ande dois metros de carro sem atar o cinto não apenas no corpo do seu filho, mas o próprio cinto do carro que é preso no equipamento. Aqui, o acidente pode ser mais grave.

Outra dica importante: bebê conforto é sempre no chão. A não ser que você esteja em um restaurante e vá colocar o equipamento numa cadeira de maneira que fique com segurança e você, ou alguém responsável, esteja ao lado, prefira o chão. Chegou na casa de um parente ou amigo? Não tem porque colocar a cadeirinha em cima do sofá ou do centro da sala. O menino se mexe, o bebê conforto cai. Pediatras lembram que acidentes desse tipo podem provocar desde um pequeno galo na cabeça a uma fratura grave com hemorragia interna.

Exagero? É não. Pela pesquisa norte-americana, em mais de 60% dos casos o susto com o bebê conforto acontece dentro da própria casa da família. Então, lembre-se: cinto sempre, mesmo dentro de casa, e cadeirinha no chão. Todo cuidado é pouco com esses pequenos danados, que nos surpreendem a cada dia.

quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

Quanto o bebê deve comer?



Ninguém vira mãe sabendo o quando o filho deve mamar ou, se é o caso, tomar de leitinho artificial. E depois disso, quando começar a introduzir os suquinhos, frutas e outras comidinhas, a dúvida sobre a quantidade a dar à criança é comum a muitas mães de primeira viagem.

Antes de qualquer coisa, a reposta é: pergunta ao pediatra de seu filho. Sim, cada um sabe de sua situação, mas, em geral, há algumas - digamos - regrinhas básicas. Para começar, sobre o leite do recém-nascido é o seguinte: dê o quanto ele pedir. De acordo com a Sociedade Brasileira de Pediatria, enquanto ainda estiver chorando de fome, pode dar o peito. Os bebês têm uma capacidade extraordinária de se auto-regular de acordo com suas necessidades. É a chamada livre demanda: dar quando e quanto ele quiser. Nesse momento, esqueça a rotina. Não existem regras e cada bebê tem seu ritmo. Tem outro motivo: a produção de leite está se estabelecendo e quanto mais estimulado, mais leite é produzido.

Então, respeite o apetite de seu filhote e ofereça ao seio ou a mamadeira sempre que ele tiver fome. Não se preocupe, porque os horários e a frequência das mamadas, aos poucos começam a adquirir um ritmo regular. Geralmente, quando o bebê ainda é muito novinho, essa frequência fica a cada 3 ou 4 horas.

Mas tem um detalhe que não pode ser ignorado: higiene é fundamental. Seu bebê pode adquirir infecções facilmente, então esteja sempre com tudo bem limpinho. Se o leite é artificial, lembre-se que esse leitinho não tem os anticorpos tão importante que existem no leite materno. Então é você que tem que proporcionar a defesa de seu filho. Ou seja: esterilize tudo, da mamadeira ao bico.

Depois dos seis meses - sim, até lá, o peito exclusivo é suficiente - o leite já não mais supre todas as necessidades do bebê para que ele se desenvolva. É hora de comer comida! Pois é, o sistema digestivo do pequeno já está mais maduro, e o organismo, mais forte. Ele já é capaz de enfrentar algumas infecções ou alergias que podem ser causadas por novos alimentos. 



Começa-se com as frutinhas amassadinhas (nada de pedacinho que possa fazê-lo se engasgar) e depois entram as papinhas salgadas, primeiro no almoço e depois de um tempo, no jantar. Quais as frutas e que legumes devem ser iniciados? Converse com o pediatra de seu filho. É importante estabelecer um cardápio e seguir da seguinte maneira: cada novo alimento deve ser repetido por pelo menos três dias para se verificar se o bebê não tem nenhuma reação alérgica. Somente depois pode-se trocar o alimento ou incluir outro. E a felicidade que a gente fica quando ele raspa o prato??



Ainda assim, posso continuar dando o peito? Pode e deve. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o ideal é que o leite materno continue sendo oferecido até os 2 anos de idade ou mais. Mas não exclusivamente, ta?

Em geral, se a criança está ganhando peso direitinho (leia sobre isso neste post: www.maenareal.com.br/2014/01/nasceu-pesando-quanto.html) ele está se alimentando. Mas não deixe de ter um acompanhamento do pediatra. Sempre!

quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

E depois que o bebê nasce?



Essa semana lembrei dos tempos de grávida e resolvi compartilhar o que tanto nos incomoda nessa fase. O quanto a gente fica mais sensível, irritada e agitada por conta dos danados dos hormônios. Pois bem, depois que o bebê nasce, as coisas tendem a melhorar, sim, mas não necessariamente você se verá livre desses altos e baixos.

Após o parto, cai o nível de progesterona - finalmente! Mas outros dois vilões entram em ação: a prolactina, que estimula a produção de leite, e a ocitocina, responsável pela contração do útero para a expulsão do bebê na hora do parto e também pela ejeção do leite.

Certo, mas na real o que acontece com a mamãe? Bem, a tendência é que ela sinta uma leve tristeza entre o segundo e quarto dia após o parto, mas não necessariamente significa depressão (leia sobre isso nesse outro post: www.maenareal.com.br/2013/11/quando-se-tem-depressao-pos-parto.html)

Apoio! É disso que você vai precisar. Do apoio da família. Do maridão principalmente, se for o caso. É normal que a mulher se afaste um pouco da relação com o marido, esquecendo seu papel de esposa, para se dedicar mais ao filho. Um hormônio chamado prolactina inibe a feminilidade. A mamãe fica mais preocupada é em agasalhar e proteger o bebê, afastando-se do convívio social e de qualquer situação que ofereça risco para seu filho, por menor que seja. Mas não relaxe totalmente. Não abandone seus parentes queridos por muito tempo!

Outro sentimento estranho que pode surgir é o de não querer compartilhar o bebê. Sim, porque até então, ali dentro de sua barriga, ele era só seu. Agora ele tem pai, tia, avô e um mundo de gente que quer chegar perto. Lembre-se: são pessoas que também querem bem ao seu filho. E ninguém vai tirar dele o amor incalculável que tem pela mãe. Mas vai explicar isso à mulher que acabou de ter seu bebezinho? 

Nem todo mundo lida tão bem com esse compartilhamento, é verdade. Mas faz parte. O estresse, a dor, o medo, a ansiedade, o cansaço, tudo isso faz parte e logo logo você se acostuma com sua nova condição de mãe. Dica: converse com outras mães. Leia mais sobre as mudanças que ocorrem nessa fase. Ajuda muito quando se percebe que não é apenas com você que isso tudo ocorre. Bem-vinda ao mundo das mães.

terça-feira, 21 de janeiro de 2014

Como lidar com a gravidez



Ontem falamos do turbilhão de sentimentos que invadem a gestante e tomam conta de seus atos, suas atitudes. Algumas mulheres conseguem administrar isso numa boa. Outras - a maioria - choram mais facilmente, ficam irritadas e acabam dando patadas em pessoas queridas que - nós sabemos - não merecem tal agressão. 

Especialistas explicam porque o medo é comum na gestação. Para começo de conversa, a futura mamãe sabe que vai passar da condição de filha para mãe e isso gera ansiedade e insegurança. É normal, relaxa! Vão passar pela sua cabeça perguntas como "Será que eu vou dar conta?", "Vou ter dinheiro para sustentar e dar o melhor para meu filho?", "Vou saber educá-lo de maneira correta?". É coisa demais para se preocupar num momento em que a gente está sensível e muitas vezes descontrolada.

A dica é: descanse. Você realmente precisa relaxar. E não somente quando os pés estão inchados ou você está indisposta. Precisa descansar a cabeça. Desestressar. No início, por conta da alta progesterona, você vai sentir mais sono que o normal. Tentar inibir esse sono só vai deixá-la ainda mais irritada.

O segundo trimestre é mais calmo. Os sentimentos já devem estar mais organizados e os enjoos já foram embora - em geral. Curta essa fase e se prepare para o terceiro e último trimestre, porque as coisas voltam a se complicar. Os três últimos meses são cansativos. Você já não aguenta o peso da barriga, não encontra posição para dormir bem e aquelas velhas preocupações do início sobre se você vai ser uma boa mãe retornam. Sem contar que você deve estar uma pilha, ansiedade total! Mais uma vez: descanse. Procure atividades que a façam bem (tudo com orientação de seu obstetra, heim?) e procure relaxar essa cabeça.

Se o caso é extremo, e o apoio da família não tem sido suficiente, não pense que é exagero procurar um psicólogo. Ele poderá ajudá-la a lidar com esses sentimentos e resolver alguns conflitos.

O importante é você lembrar que, se não é por você, é pelo bebê. Ele precisa dessa tranquilidade. Muito do que a mamãe vive na gravidez para para ele, pode acreditar. E estresse não é nada bom para esse pequeno que está aí se desenvolvendo. Pense nisso, respeite seu corpo e seus sentimento e sorria.

segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

Os fortes sentimentos na gravidez



Essa semana encontrei um casal amigo que está esperando um bebê e meu marido perguntou à futura mamãe: "E o seu humor, mudou?". Antes que ela respondesse, ele percebeu que havia perguntado à pessoa errada, afinal quem melhor poderia dizer, sinceramente, se ela estava mesmo alterada era o marido. Logo, ele olhou para o amigo, que vai ser pai em breve, e lançou a mesma pergunta. Mas ambos foram sinceros e respoderam na mesma hora numa sintonia bonita: "Ô!".

Sim, a gente muda pra caramba. A verdade é que as mulheres, em geral, quando engravidam, passam por uma série de alterações em seu corpo. E isso reflete também em seu comportamento. São oscilações de temperamento que aparecem desde que o bebê começa a se desenvolver. Daí, um turbilhão de sentimentos invade a cabeça da futura mãe. É alegria, euforia, medo, ansiedade, tristeza, tudo junto e misturado, e numa dosagem altíssima.

A boa notícia é que, assim como você faz na TPM, ou seja, em toda véspera de menstruação, pode culpar os hormônios. É a grande alteração no nível do estrógeno a responsável pelo aumento das taxas durante a gravidez. Tem ainda a participação da progesterona, que tem a missão de adequar o útero para receber o embrião. 

Não é fácil não. E começa tudo no primeiro trimestre, quando esses sentimentos são bem mais intensos. Nesses primeiros três meses, as taxas de estrógeno e progesterona vão às alturas bruscamente. Mas põe bruscamente nisso! E tem mais: você passa a lidar com a novidade de que há um bebê se desenvolvendo em seu corpo. Então, a felicidade é indescritível, mas o medo e outros sentimentos também chegam com força.

E sabe o que é pior, na real? A mulher é quase que obrigada a mostrar que está feliz, como se a demonstração de insegurança fosse algo politicamente incorreto. Por medo de as pessoas a julgarem uma péssima mãe, ela não pode dizer que está com medo ou não está gostando da ideia de estar enjoada ou com azia ou pés inchados ou qualquer coisa que incomoda, e incomoda mesmo! Aí você tem que sorrir e dizer "Estou amando a ideia! Super feliz! Não vejo a hora de ter esse bebê porque eu estou suuuuuper preparada para isso", por mais que não esteja.

E isso te faz ficar ainda mais angustiada. O problema é quando você acaba descontando nos outros. Se você é uma futura mãe, pega leve em casa antes de sair brigando com todo mundo e se sentindo no direito de fazer isso porque está grávida. Você tem todo o direito de se sentir estressada, sim. Mas não de dar patada. Mas se você é o pai em questão, alivia a barra da mamãe porque nada é tão de propósito assim.



Culpa dos hormônios, sim, menina! E não pense que é moleza lidar com tudo isso. Respeite a confusão que está aí dentro e entenda que é passageiro. Mas não se acomode pensando que as pessoas "têm que entender e pronto!". Saiba conviver com todos de maneira harmoniosa, na medida do possível. E lembre-se: seu bebê precisa de você calma e tranquila, mesmo quando ele está ainda aí dentro. Evite tudo o que lhe causa estresse, porque essa parte não depende dos hormônios, mas de você mesma.

E o que fazer para amenizar esses fortes picos de euforia? Ah, sim, essa conversa tem mais pano pra manga. Vamos deixar isso para amanhã. 

sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

E a vida segue



Tudo que envolve filho mexe muito com a gente. É algo tão forte, que às vezes chega a doer...

Quando eu estava grávida, ouvi muita gente dizer "Você vai ver o que é amar um filho. Não existe sentimento mais forte". Existe mesmo não. Antes de ter filho, a gente pensa que sabe o que é esse amor, mas não sabe nada. Ainda não sei como isso se dá ao longo do tempo, mas pelo menos por enquanto, que meu bebê é novinho, sinto como se minha vida agora girasse em torno dele. O resto agora simplesmente faz parte, mas o sentido mesmo da minha vida é ele.

E aí você começa a experimentar os setimentos mais intensos, seja por alegria ou tristeza. O seu dia pode desmoronar porque você foi trabalhar e deixou ele choroso ou doente em casa, assim como um sorriso e uma boa recuperação de um resfriado podem fazer você querer abraçar todo mundo no meio da rua. Se você está grávida, não tem ainda noção do que é isso. Não tem mesmo. Quando seu filho nasce, acho que o sentimento é de proteção. Você pode ainda não sentir o amor o qual me refiro, até porque isso vai se construindo aos poucos e vai aumentando a cada olhar, cada toque. Mas depois vai entender o que toda mãe fala e a gente não imagina.

Sim, tudo o que envolve filho mexe demais com a gente. E quem tem filhos mais velhos garante que isso nunca muda. A preocupação é a mesma, o amor é o mesmo e a aflição por uma doencinha, também. Hoje, um problema no trabalho fica irrisório se no mesmo dia meu filho se alimentou bem e está super tranquilo. Da mesma maneira, hoje um trânsito mais intenso pode me fazer ter vontade de gritar, se neste dia vi que o filhote está com uma assadura e chorando muito. 

Entendeu? Viu como é confuso esse sentimento? E o que é que a gente faz com isso? Administra. Sim, temos que aprender a administrar, ou então vamos acabar saindo por aí brigando com todo mundo porque estamos num dia péssimo por conta de uma febre que o bebê tem. Temos que administrar. Separar as coisas. Resolver o problema de nosso filho sem deixar que isso interfira nas outras coisas em nossa vida. Quando seu bebezinho nascer, você vai entender o tamanho do amor que se fala, mas também vai perceber como isso tudo toma conta da gente. E vai ter que aprender a controlar esse sentimento e não deixá-lo te sufocar. Estou tentando fazer isso. Afinal, a vida segue. Com filho, com um amor indescritível, mas a vida segue.

quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

Quando colocar na escolinha?



Ontem falei das vantagens em colocar o bebê, mesmo que ainda muito novinho, numa creche. Mas, independente de ter ou não uma pessoa de confiança para ficar em casa com seu filho, um assunto merece ser questionado: quando colocar a criança na escolinha?

Pesquisei muito sobre isso e encontrei uma quantidade grande de especialistas falando da importância em se deixar a criança entrar na escola o mais cedo possível, e não esperar para quando ela completar dois anos. Sabe por que motivo? Pelo desenvolvimento de seu filho.

Existem estudos que mostram que - olha só que interessante - crianças que entram na escola logo cedo acabaram demonstrando melhor desempenho e vocabulário mais extensos do que as que entraram próximo aos quatro anos, que é a idade máxima obrigatória, aqui no Brasil, para entrar na escola. É verdade, o convívio social é muito importante para as crianças e essa independência dela com os pais pode torná-la uma pessoa mais segura, dizem os psicólogos.

Mas também não pense que é preocupante seu filho entrar na escolinha um pouco mais tarde. Algumas pesquisas mostram que os maiores benefícios acontecem a partir dos três anos, quando a criança já sente a necessidade de desenvolver contato social e autonomia para uma convivência em grupo.

E antes disso? Bem antes, quando seu filho ainda é um bebezinho? Mesma coisa. Ontem falei sobre isso aqui no blog. As vantagens são inúmeras. Começar na escolinha - na verdade num berçario, também chamado de hotelzinho - tornará o bebê uma criança mais sociável e independente. Quer outra vantagem? Quando muito novinho, o bebê ainda não sente a falta da mãe e normalmente não estranha outras pessoas. Ou seja, você evita ir embora com o coração apertado com ele chorando querendo seu braço. E isso faz uma diferença danada! 

Para ajudar na sua decisão, faça a você mesma os seguintes questionamentos: sua casa tem espaço o suficiente para seu filho brincar? Existe algum parquinho por perto ou praça para que ele possa circular e tomar banho de sol? A pessoa que vai cuidar de seu bebê sabe quais os estímulos necessários para que ele se desenvolva? Onde você mora há outras crianças para conviverem com seu filho?

Enfim, segundo especialistas, seu filho não terá nenhum prejuízo se não entrar na escolinha (berçario) ainda enquanto bebê. Então se você tem uma boa estrutura em casa, com pessoas da família ou de confiança para cuidar de seu filhote, está tudo certo. Mas quando ele começa a interagir, a presença de outras crianças e os exercícios adequados passam a ser importantes para o rápido desenvolvimento da criança. Colocar no hotelzinho o bebê novinho é uma opção sua. Mas, ainda segundo estudos, uma boa opção. E se você não gosta da ideia porque tem um sentimento de abandono por deixar seu filho na creche, reveja seus conceitos e pense se você não está confundindo com orfanato. Vá conhecer as escolinhas, faça pesquisas, consulte outras pessoas. E pense no seu filho. No que realmente é melhor para ele!

quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

Deixar o bebê na creche?!



O bebê vai crescendo e vai chegando a hora de você decidir quem vai ficar com ele, é o caso de muitas mães que trabalham e precisam retomar as atividades. Antes de qualquer coisa, é necessário deixar a criança com alguém de confiança. E isso pode significar ficar com sua mãe, ou um parente, uma vizinha, uma babá ou até mesmo - e por que não? - numa creche.

Quem não conhece como funcionam os berçários - também chamados de hoteizinhos - normalmente têm preconceito em achar que o bebê ficará abandonado nas mãos de pessoas desconhecidas. Mas eu vou te dar aqui uma série de motivos que vão te fazer pensar melhor sobre o assunto. Aliás, eu não. As justificativas são de especialistas na área.

As creches possuem uma estrutura física adequada para aconchegar melhor a criança. Nos hotelzinhos, as profissionais estão preparadas para estimular a criança de acordo com cada fase, com as atividades certas para ela aprender a engatinhar, andar, pegar objetos e se desenvolver melhor. São pessoas habilitadas que sabem lidar com a motricidade. Outro fator que conta nos berçários é o estabelecimento de rotina. Ela é fundamental para a criança, por mais novinha que seja. Nessas casas, existe hora certa para comer, tomar banho, dormir e brincar. Isso deixa a criança mais calma e segura. 

É mais caro que uma babá? Normalmente sim. Uma boa creche custa caro, mas as vantagens são inúmeras. Entre elas, estão a facilidade que a criança passa a ter de socialização e o estabelecimento de limites sociais. Ela certamente vai adoecer um pouco mais do que se ficasse em casa, mas pediatras garantem que a criança está apenas antecipando o que vai ocorrer mais mais tarde, além de estar adquirindo logo imunidade, por conta das bactérias que circularão por todos. Se o seu receio em deixar o filho com a babá é a falta de confiança, no berçario, há várias profissionais, e não apenas uma olhando seu bebê. 

E como saber qual a melhor creche? É preciso visitar pessoalmente os berçários de sua cidade (e quando digo visitar, é para chegar lá sem agendar previamente, viu? É bom chegar de surpresa para ver como os profissionais estão lidando com as crianças). Observe limpeza, higiene e se fica próximo à sua casa ou trabalho. Com o trânsito da cidade, esse é um diferencial importante. Também vale conversar com amigas que deixaram seus filhos em creches, saber com elas quais os prós e os contras, o que acharam, o que não gostaram. 

Procure saber há quanto tempo trabalham lá as profissionais que lidam com os bebês. Certifique-se de que cada criança tem seus próprios objetos, como mamadeira, banheira, produtos de higiene, pratos e talheres, lençóis e paninhos. Circule pelo estabelecimento, vá conhecer a cozinha e ver como se dá a manipulação dos alimentos e se existe acompanhamento de nutricionista. Converse sobre a entrada de pessoas estranhas na creche e como você pode autorizar outras pessoas a buscarem seu bebê. 
 
Quando eu estava fazendo essa pesquisa, ouvi de amigas que tinham filhos em berçários frases como:

"Você vai ver a diferença a cada dia! Quando estiver com seu bebê, vai perceber como ele está se desenvolvendo rápido!".

"O meu filho hoje - com pouco mais de um ano - come de tudo. Não tem besteira com verduras ou frutas. Ele abre um bocão e se alimenta bem. Isso graças à disciplina do berçario".

"Se seu filho for para um berçario, ele vai adoecer muito. Se prepare. Adoece mais que o normal. Mas as vantagens são maiores".

"O melhor que achei foi a confiança que senti naquelas profissionais que cuidam dos bebês. Elas lidam com isso o tempo todo. Não tenho uma babá de confiança".

"Já coloquei meu primeiro filho lá é agora estou colocando o segundo. Não tenho dúvidas de que foi melhor".

"É caro - bem caro - mas os benefícios são impagáveis".

Então, se você está pensando nessa possibilidade, fique munida de todas as informações e vá fazendo sua pesquisa para decidir qual o melhor lugar para deixar seu filhote. É claro que o valor também pesa - umas são mais caras que outras - mas não deixe esse ser o principal motivo de sua escolha. Afinal, você vai estar trabalhando e precisa estar com a cabeça tranquila. E é lá, naquele local e com aquelas pessoas, que ficará sua jóia mais preciosa. Então, fica a dica. Se você tem condições para isso, a creche é uma - excelente - opção. 

terça-feira, 14 de janeiro de 2014

Vai falar mamãe ou papai?



A expectativa sobre qual a primeira palavra que o bebê vai falar é comum entre os pais. Engraçado é quando está naquela disputa "vai falar mamãe ou papai?" e o menino resolve dizer "água". Brincadeiras à parte, as palavras que seu filho vai pronunciar e o tamanho de seu vocabulário dependem de estímulos, mas também do desenvolvimento natural da criança.

É a partir dos seis meses de vida, em média, que a criança já expressa as primeiras sílabas. Aquilo de ficar dizendo "babababa" ou "papapa" ou ainda dar uns gritinhos e fazer vários ruídos diferentes, isso começa a ficar mais perceptível nessa idade, segundo os fonoaudiólogos. Quando se chega a um ano de idade, há grande possibilidade dessa criança falar o esperado "mamãe" ou "papai". 

Mas é claro que isso varia muito de bebê para bebê. Não se preocupe se seu filho ainda não disse nada com nada aos doze meses de vida. Isso só começa a ser preocupante depois dos dois anos, quando é bom consultar um fonoaudiólogo para acompanhamento. 

Mas como fazer para estimular o filhote a falar logo? Bem, desde muito novinho, o bebê tende a imitar tudo o que vê. Se você sorri, ele tende a sorrir também. Se você pisca ou faz "besourinho" com a boca, é natural que ele faça o mesmo. Da mesma maneira ocorre com os sons. Ele tenta imitar também. Segundo especialistas, a criança está sempre observando. Por isso é tão importante você conversar sempre com seu filho. Sempre. Desde seu nascimento. Vai trocar uma fralda? Explique a ele o que está fazendo. Em algum momento, ele começa a entender as palavras e a tendência é que ele imite. 

É por isso que não é bom falar errado com a criança. Não fale "voxê té bincar?" Se você quer dizer "Você quer brincar". Não diga a seu filho que ele está "Celoso" se o correto é cheiroso. Fale com carinho e até com "vozinha de neném", mas fale correto. Ele tende a imitar, sim. E se aprender errado, pode ter certeza, vai dar um trabalho danado para corrigir depois.

sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

O primeiro dia de trabalho



Votei a trabalhar ontem e, assim que cheguei lá, é lógico que a pergunta que mais ouvi foi: "E aí, como está o coração, estando longe de seu filho?". Era inevitável essa pergunta e eu achei que iria chorar sempre que eu a escutasse. Que nada. Até que foi tranquilo. Mas talvez porque eu havia trabalhado isso na minha cabeça, antes, ao invés de ser pega de surpresa com o afastamento do meu bebê.

Ajuda. Pode apostar que passar algumas horas por dia longe de seu filho ajuda muito a ir se acostumando. Fiz isso pelo menos uma semana antes do meu retorno. Passei as tardes separada dele. Lógico que à noite eu queria mordê-lo de tanta saudade. Era a semana de adaptação, quando o pai estava dando o banho e o leitinho para dormir. Uma noite dessas eu não resisti e "Ah, já vimos que ele pega a mamadeira com facilidade. Me dá aqui! Eu quero dar de mamar!!". 

É disso que eu vou sentir falta, eu sei. De colocar meu filho para dormir, já que eu devo largar do trabalho tarde e não acho justo atrasar o horário dele para dormir. Criança precisa de rotina, de fazer as coisas nos horários certinhos. Não vou fazer meu bebê dormir mais tarde só para satisfazer minha vontade e matar a saudade. Mas que é osso duro, é!

Voltando ao assunto "primeiro dia de trabalho", o dia foi mesmo de trabalho. Só. Não gosto de levar problemas de casa para o trabalho. Evito isso ao máximo. E iria ser péssimo trabalhar triste com o pensamento no meu bebê. A dica é mergulhar na atividade. Quanto mais coisas para fazer, melhor. Você não se desconcentra e o dia acaba passando rápido. 

Mas não deixa de ser difícil isso que a gente sente. Por um momento, chega a passar pela sua cabeça a vontade de largar tudo por achar que não suportará estar longe de seu filho, mas passa. Passa sim. Se você precisa - e quer - trabalhar, o negócio é mesmo se concentrar no trabalho e esperar se acostumar com o afastamento. Psicólogos dizem que essa relação é saudável para ambos e o amor de seu filho por você não diminui com a distância. Então, bola pra frente! O coração fica apertadinho mas a gente acostuma.

quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

E se faltar leite materno?



Nem todas as mães conseguem amamentar seus filhos, seja por problemas nos seios ou no próprio leite. Em geral, estudos mostram que 96% das mães podem amamentar sem nenhum problema, mas existem casos e casos. Eu tive sorte em ter leite o suficiente e não ter tido problema algum para amamentar, mas algumas mulheres apresentam dificuldades, precisam de complemento ou resolvem parar por conta própria. 

Uma pena quando a mãe passa a não querer oferecer mais o leite materno antes dos seis meses. Segundo estudos, o número de mulheres que desistem de amamentar após um período de quatro a seis semanas é grande. O motivo? Primeiro é a dúvida que muitas mães têm sobre a eficácia do leite exclusivamente. Há quem pense que ele é insuficientemente nutritivo para o bebê. Outro motivo é a preocupação em saber se o bebê come o necessário. Mas, normalmente, se ele apresenta uma carinha de satisfeito, é porque está comendo direitinho, sim. Ou então estaria chorando ainda de fome. Também é importante verificar se ele está ganhando peso.

Depois do sexto mês, é bom começar a incluir a alimentação sólida (mas tudo com acompanhando do pediatra, viu?), mas mesmo assim, se a mamãe quiser continuar amamentando, pode! E é ótimo para o bebê.

No entanto, existem mães que têm a impossibilidade de amamentar e aí entra o leite artificial. Nada de ficar chorando e se sentindo culpada por isso, heim? Acontece. A sua preocupação precisa estar em como alimentar seu bebê, somente! Não é porque você vai dar uma mamadeira, ou dar o leite no copinho, que a relação mãe/filho e a proximidade de pele a pele não estarão presentes. Você pode fazer isso com o mesmo carinho e tocando em seu filhote. 

E qual leite deve ser usado para substituir o materno? Bem, foram feitos estudos e várias pesquisas por parte de nutricionistas e médicos pediatras. Tudo para encontrar a "fórmula" que mais se aproximasse do leite materno. Em meados dos anos 70, chegou-se a uma composição bem próxima, com proteínas adaptadas e resultados nutricionais bem satisfatórios. Hoje existem diversas marcas de leite apropriadas para o bebê. Converse com pediatra de seu filho e ele indicará qual o tipo de leite artificial será melhor para seu caso.

Quem é mãe sabe que amamentar é uma delícia, mas é sempre bom lembrar que o contato com o bebê, o calor, o carinho, isso tudo está acima da alimentação. Se você não pode amamentar seu filho, não pense que essa relação fica comprometida. Especialistas garantem isso. Seu bebê ainda ama o cheirinho da mamãe, como nenhum outro. Dê o leitinho complementar e você estará sendo uma mãezona, do mesmo jeito.

quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

Leite bom é leite de peito



Enquanto o bebê está dento da barriga da mamãe, o organismo dela se encarrega de dar forma e vida àquele novo ser. Depois que ele nasce, cabe à mãe continuar a dar o que ele precisa. E para evitar doenças e distúrbios e garantir que ele cresça forte saudável, nada mais apropriado que uma alimentação correta. E se for leite materno, melhor ainda.

De acordo com pediatras e nutricionistas, não existe alimento melhor que o leite do peito. Nele estão todas as substâncias essenciais para o seu crescimento. Mas você sabia que o leite materno não tem sempre a mesma composição? Pois é, ele vai se adaptando à medida em que o bebê vai crescendo, por isso ele é essencial. 

Quando o bebê nasce, ele se alimenta do colostro, já ouviu falar? É um líquido mais amarelado e denso, também chamado de "primeiro leite". O colostro é rico em proteínas e sais minerais, importantes para os primeiros dias de vida, além de fornecer anticorpos para a defesa de possível agressão de germes e vírus. 

Isso dura três ou quatro dias. Depois o leite torna-se mais claro e cremoso. Esse é chamado de leite de transição, que serve para que o bebê vá se acostumando com o leite definitivo que vem em seguida. Durante o crescimento do bebê, o leite vai reduzindo as proteínas e aumentado os açucares, que são indispensáveis para o crescimento dos tecidos cerebrais, e de gordura que se transformam em energia. 

Depois de dez dias, aí sim o leite materno se transforma no leite perfeito, mais fluido e mais doce. Nessa fase, algumas mães pensam que seu leite ficou fraco, mas que nada, é coisa da sábia natureza. Esse novo leitinho tem tudo o que seu filho precisa e da maneira mais equilibrada.

Mas de que é feito o leite materno?

O leitinho do peito tem pelo menos 87% de água. Por isso não é preciso oferecer água ao bebê quando muito novinho. Isso já garante o equilíbrio hídrico do organismo do bebê. Além da água, o leite materno é uma ótima fonte de energia, já que fornece cerca de 700 calorias por litro. Ainda existem substâncias nutritivas como as proteínas (importantes para o crescimento de células e tecidos), os açucares (a lactose é responsável pelo desenvolvimento do cérebro humano, pela proteção contra germes e vírus, e pela absorção do cálcio fundamental para o crescimento ósseo da criança), as gorduras (que servem para o desenvolvimento das células do sistema nervoso), e as vitaminas e sais minerais.

E quando a mãe não pode dar o leite materno? O ideal é que a mãe não pare de amamentar. Mas se existe uma impossibilidade, não se preocupe. Já existem meios de garantir saúde a seu filho. Fica para o texto de amanhã. 


Enviado via iPhone

terça-feira, 7 de janeiro de 2014

Seis meses de blog



O Mãe na Real completa hoje seis meses, comemorando as mais de 47,5 mil visualizações de páginas. Por mês, o blog tem recebido entre 4 mil e 5 mil visitantes únicos, em sua maiorias mães de bebês, que além de serem leitoras do blog, escrevem mensagens e compartilham suas experiências.

Com o intuito de esclarecer dúvidas e contribuir com relatos da vida real, o blog se propõe não apenas a dar dicas e mostrar o lado gostoso de se ter um filho. Ele traz também a realidade dura de ser mãe, com todas as dores, as dificuldades e as noites não dormidas.

Mas longe desta blogueira querer desestimular a maternidade. Os textos tratam, sobretudo, da grande compensação por todos os sacrifícios que surgem após o parto: o amor infinito por um filho. 

Obrigada a todas as mamães e papais que acompanham o Mãe na Real. Obrigada pelas mensagens que recebo todos os dias de quem vive, viveu ou viverá as mesmas experiências, que são - na real - inesquecíveis.

segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

Sem sua presença


"Você já está acostumando o seu filho a dormir sem você?". Escutei essa pergunta de uma amiga e pensei "Meu Deus, não!". Eu realmente nem tinha pensado nisso. Mas é uma das providências que algumas mães precisam tomar quando está se aproximando do fim de sua licença maternidade. Ainda mais se o horário de seu retorno para casa passa da hora de seu bebê dormir.

A volta ao trabalho não exige da nova mamãe apenas saber lidar com o emocional para se distanciar de seu pequeno. Exige mais: a adaptação dele. E isso envolve um planejamento que vai desde a decisão de quem vai ficar cuidando da criança até como ela vai se alimentar, é o caso se seu filho apenas mama. 

Em relação aos cuidados do bebê, você pode arrumar uma babá ou deixar em um hotelzinho (como são chamados os berçários) ou ainda deixar com alguém da família. E o que é melhor? Depende. Depende de cada situação e das condições dos papais. As diferenças entre a babá e um hotelzinho eu vou falar mais detalhadamente em outro texto. Vamos falar aqui de planejamento e adaptação.

Seu filho já pega mamadeira? Hoje existem diversos tipos de bicos apropriados para não prejudicar a arcada dentária da criança e também fazer como que ela não rejeite o peito. Existem também mamadeiras com colher e copinhos. Mas de alguma maneira seu filho precisa aprender a se alimentar sem sua presença. E não deixe para pensar nisso na semana que vai voltar ao trabalho. 

É doloroso, digo logo. Quando o menino só quer saber de peito, demora e chora muito para aceitar outra forma de se alimentar. Quando a licença maternidade é curta, de quatro meses (às vezes cinco, juntando com férias), alguns pediatras recomendam a introdução de suquinhos já no quarto mês, para a criança já ir se adaptando. No quinto mês, o bebê já pode estar comendo as papinhas salgadas (mas nada por conta própria, heim? É preciso ter a orientação do pediatra). 

Dessa maneira, o coração da mãe fica um pouco mais aliviado, porque com fome o bebê não vai ficar. Mas se você é quem dá o banho da noite e coloca seu filho para dormir, e seu horário de trabalho não te permitirá mais fazer isso, vá acostumando de outra maneira. A ajuda do pai - ou de uma babá ou outra pessoa da família - é muito importante nessa hora. Passe um tempo fazendo essa adaptação. Deixe outra pessoa dar o banho, dar o leitinho e colocar o bebê para dormir, sem sua ajuda. Pode ser que no início seu coração fique apertado porque ele vai chorar, acostumado com o colinho da mãe, mas passa. Feche os olhos e pense "É para o bem dele". Isso ajuda.

Sim, ninguém está dizendo que é fácil, mas não deixe sua licença maternidade terminar para você pensar em como vai ser essa separação. Planeje tudo antes. Se possível passe o último mês como se já tivesse retornado ao trabalho, inclusive se ausentando por alguns minutos de vez em quando para você própria se acostumar com a falta que ele faz. Assim, quando essa hora chegar, você vai poder trabalhar tranquila sabendo que seu filho sabe sim se virar sem você. Eu disse tranquila? Não. Dizem que nesses primeiros dias de trabalho você sente vontade de chorar de saudade. Mas passa também. O importante é seu filho estar bem, em boas mãos e alimentado. A sua saudade você administra.

sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

Quanto ele mede?



Não menor que a curiosidade para saber qual o peso do bebê ao nascer é a de saber a sua altura. E, da mesma maneira que o peso, não há regra, mas existe sim uma média. E vale conhecê-la para saber se seu filho está dentro do que é considerado normalidade.

A altura das crianças aumenta num ritmo muito individual. Tanto faz um bebê aumentar centímetro por centímetro com grande regularidade quanto dar saltos de vez em quanto. Mas assim que nasce, o bebê deve medir cerca de 50 centímetros. Durante um ano, ele deve crescer uma média de 10 cm em dois meses e cerca de 5 cm nos meses seguintes, contanto que chegue aos doze meses com cerca de 25 cm a mais que tinha quando nasceu.

Depois disso, o crescimento se dá de maneira mais constante, aumentando um centímetro por mês até comprar dois anos de idade. Uma dica aqui, já que com dois anos ele já está de pé, é colocar na parede do quarto da criança aqueles metros coloridos para você e seu filho se divertirem todos os meses fazendo a medição. Dá até para aproveitar isso como argumento "Olha como você está crescendo! Está vendo? Tem que se alimentar bem para crescer" e convence-lo a comer melhor.

É claro que a genética contribui bastante para o espichamento da criança. Se os pais são altos, as chances de o filho também vir a ficar alto são maiores. Mas existem uns cálculos que ajuda a saber qual a altura aproximada que a criança terá quando crescer. A fórmula é baseada na estatura dos pais, e na diferença entre a altura adulta média de homens e mulheres, que é de mais ou menos 13 centímetros. 

Quer fazer os cálculos? Vamos lá! Para os meninos, você deve somar a altura do pai e da mãe, adicionar 13 centímetros, e dividir por dois. Deste resultado, some e subtraia 8 cm. Pronto, esta é a faixa de altura máxima e mínima na qual estará seu filho. Complicado? Vamos a um exemplo: se o pai mede 1,80 m e a mãe, 1,65 m, o cálculo será o seguinte: 180 + 165 = 345 + 13 = 358 : 2 = 179 (+8 e -8) = 171 cm a 187 cm

No caso das meninas, ao invés de adicionar os 13 cm, você subtrai. O resto é igual. Assim, com o pai medindo 180 cm e a mãe, 165 cm, o cálculo será: 180 + 165 = 345 - 13 = 332 : 2 = 166 (+8 e -8) = 158 cm a 174 cm.

Claro que isso é uma estimativa. O nosso crescimento depende de uma série de fatores. Mas não deixe de fazer sempre o acompanhando de seu filho. Normalmente os pediatras calculam todos os meses o peso, a altura e a circunferência do crânio, especificadas para meninos e meninas. Fique sempre por dentro desse acompanhamento. É importante para o desenvolvimento do seu filho.

quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

Nasceu pesando quanto?



Quando seu bebê nasce, a pergunta que todo mundo faz é "Ele nasceu com quantos quilos?". Para o papai e a mamãe, pode parecer apenas um dado curioso, para saber se ele é grandão que nem o pai ou puxou o tamanho pequenino da avó materna. Mas é mais que isso. O peso é uma informação importante. Representa o coeficiente de saúde de seu filho e é a confirmação de que tudo ocorreu bem enquanto estava dentro de seu útero. 

Apesar de hoje existirem controles ecográficos feitos durante a gravidez que permitem observar o crescimento do bebê e se seu desenvolvimento é normal, a confirmação do peso, ao nascer, é fundamental e vai marcar o início de seu crescimento. 

E o que é considerado normal? Bem, segundo estatísticas, o peso médio de um bebê que acaba de nascer é de cerca 3 quilos e 300 gramas. Mas muita calma nessa hora se seu filho pesa bem mais ou bem menos que isso. Ainda está totalmente dentro da normalidade o bebê que chega ao mundo com 2 quilos e 500 gramas, assim como os maiores, que nascem com 4 quilos. Na verdade, o peso pode variar de acordo com várias situações, como por exemplo o sexo (já que os meninos são de 150 a 200 gramas mais pesados que as meninas).

O que poucas mães sabem, mas certamente saberão na primeira consulta do pediatra, é que há uma perda natural de peso nos primeiros dias de vida. Isso acontece por conta da adaptação dele à nova vida. Assim que ele nasce, deixa o ambiente aquático do útero e vem para um mundo de ar. Daí saem as primeiras fezes e o bebê passa por uma modificação do equilíbrio hídrico de seu organismo. Junta-se a isso o fato de ele comer menos no início. Então, relaxa quando você souber que seu filho perdeu peso. Perde mesmo, entre 6 e 10% de seu peso inicial. 

Daí por diante, cada criança apresenta o seu próprio ritmo de crescimento e desenvolvimento, mas existem estudos que mostram o aumento médio dos bebês. No primeiro trimestre, um recém-nascido aumenta entre 175 e 210 gramas por semana, pesando, portanto, depois de três meses, 2,5 quilos a mais do peso inicial. 

Dos três aos seis meses, o aumento médio em cada semana passa a ser menor, de 140 a 175 gramas. E quando ele chega ao já 5° mês, já deve ter duplicado o seu peso desde o nascimento. Depois disso, dos seis meses até completar um ano, vai diminuindo ainda mais o ganho, mas sempre de maneira regular, aumentando de 105 a 140 gramas por semana. No aniversário de um aninho, portanto, seu filhote deve pesar entre 9 e 12 quilos, três vezes mais que o que tinha quando nasceu. Daí, a tendência é que fique ganhando de 2 a 2,5 quilos por ano.

Mas, atenção, isso é uma média. Não vai ficar neurótica se seu filho não segue à risca essa estatística. Mas, lógico, se está muito abaixo ou acima disso, não custa um acompanhamento do pediatra para saber se está tudo dentro da normalidade. 

E a altura? Sim, assim como o peso, acompanhar a altura do bebê também é importante. Esse assunto fica para amanhã.