terça-feira, 6 de agosto de 2013

O primeira dia na real



Enquanto você está no hospital com seu recém-nascido, ter um filho é muito mais mágico e emocionante do que cansativo e doloroso. Não é que esses adjetivos vão trocar de lugar, mas quando se vai para casa a realidade te dá um verdadeiro choque. Lógico que depende de que hospital e em quais condições você teve seu filho, mas lá, normalmente, você tem um apoio fora do comum. Fez xixi, é só entregar à enfermeira e em poucos minutos o seu filhote volta bonito e cheiroso. À noite também existe um bom suporte e ainda tem as visitas, mãe, irmã, sogra, avó, amigos, todos ali para dar um help. Ficamos dois dias no hospital e na manhã do terceiro dia recebemos alta médica. Vamos lá! Fiquei feliz porque esse início de vida da nova família aconteceu como eu queria: só nós dois - eu e meu marido - para levar Eduardo para casa. 


Se seu parto for cesariana, se prepare para as primeiras chacoalhadas no carro. Pense numa dor pelo pós operatório. Cada buraco na estrada, cada curva fazem você enlouquecer. 

Chegando em casa, a primeira providência foi dar o leitinho do bebê. Isso, amamentar antes mesmo de trocar fralda ou saber o que vai ter para o almoço. Feito isso, hora de ver a situação dentro da fralda. Eu havia esquecido de fazer com minhas irmãs a revisão da "aula" sobre troca de fraldas e não lembrava se a água para limpar o bebê precisava ser fervida. Eu sei que poderia ter ligado para qualquer amiga, mas resolvi mandar ferver. Aí, já viu, daqui que fervesse e esfriasse... Foi muito para a cabecinha dele entender e esperar. Abriu o berreiro. E chorou tão forte e tão alto que tive até medo de os vizinhos pensarem que estávamos espancando o menino. Tentei acalmá-lo, enrolei um pouco e comecei a limpa-lo. A histeria só havia começado. Foi a gente limpando e o choro comendo no centro. 

Depois disso, pediu o peito mais um pouco. Só queria chamego, na verdade. Estava de bucho cheio, mas queria um pretexto para pegar no soninho. Dormiu. Colocamos no berço e pedi a meu marido: "Preciso dormir um pouquinho. Coloquei meu despertador para chamá-lo daqui a três horas, para amamentar. Se ele chorar antes, desenrola aí. Se você achar que é fome, me acorde". 

Quase três horas depois, bem quando meu despertador iria tocar, o papai entra no quarto com ele chorando no colo. Mas aí eu já estava renovadíssima! Mamou meia hora e adormeceu. Aproveitei para cortar as unhas dele. Sim, os bebês muitas vezes já nascem com as unhas grandes e se não cortarmos, temos que, pelo menos, deixa-los com luvinhas, para que eles não se arranhem. 



Depois recebemos umas visitinhas (sim, prepare-se para isso também, a todo instante. Não que seja ruim, são seus amigos. Mas nem sempre você está disposta a receber alguém) e o garoto já pediu para mamar novamente. E comeu até à noite. Adormeceu. 



Tínhamos algumas horas (ou minutos, nunca se sabe) para jantar, tomar banho... Corremos com tudo e, quando o jantar estava pronto, "buááá". Ele acordou!! Já sei, vou usar a técnica que vi no hospital, parecida com a que minha irmã utiliza com seu filho. No hospital, sempre que trocavam a fralda nele, ele vinha todo enroladinho. Fizemos isso. Enrolamos Eduardinho (olha a foto aí embaixo) e fiz um chiado em seu ouvido, lembrando o barulho que ele ouvia dentro da barriga (é impressionante como isso funciona). Ganhamos quase duas horas até ele chorar pra valer pedindo o peito. 



A mamada agora precisa de mais tranquilidade, para não despertar o bebê por completo. Foi no quartinho dele, luzinha baixa, ar condicionado, tudo sillencioso. Mamou e enrolamos o bichinho outra vez, com a técnica também do chiado.

Ah,  apesar de ter parecido um dia super calmo, preciso destacar dois pontos: a mamada e a situação pós-cirurgia. Colocar seu filho para mamar pela primeira vez é indescritivelmente emocionante. Não tem preço ver aquela coisa linda, pequena e frágil em seu peito. Mas, na real, dói. Eu fiz curso sobre amamentação e sei exatamente a maneira como ele deve pegar no peito, mas, por mais que faça tudo certo, tem um momento ou outro que incomoda sim. Algumas mães não têm problemas com isso. Outras morrem de dor. E outras ainda nem conseguem amamentar. O que posso falar é de minha experiência, somente. Uma delícia. Mas dói. Mas é uma delícia (mas dói). E, outra, isso de cuidar de um bebezinho estando operada não é fácil não. Alguém já te disse isso? Multiplique. Não é fácil mesmo!!

Pronto. Colocamos para dormir novamente (todo enrolado) e fomos dormir. Sim, vamos fazer isso agora. A madrugada é uma criança! Aliás, pior: é um bebê recém-nascido. 

6 comentários:

  1. Coisa linda de ler esse seu blog, viu! �� Beijão.

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    1. Que bom que está gostando. Está sendo muito gostoso escrever. :)

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  2. Que massa acompanhar, Sarinha. Não sei como tu estás aguentando escrever, só sendo hiperativa mesmo. Kkkkkk! Eduardinho é lindo. Vou esperar as coisas se acalmarem pra te fazer uma visita. Beijo grande!

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    1. Obrigada, Bruninha. Pois é, é que é tanta novidade que acho legal compartilhar. Pode ser útil outras futuras mães, né? E venha sim, quando puder. ;)

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  3. Me lembro bem do pos operatorio, tb tive cesaria. Que bom que mainha estava aqui, senao eu teria indoidado geral! Aproveite bastante toda ajuda que te eh oferecida mas tambem nao se acanhe de dizer que nao esta a fim de visitas, que precisa descansar, ou que simplesmente nao esta com a energia de entreter a galera. Eles vao entender :) Quanto a cesaria, voce deve ter ouvido do seu medico, mas caminhe o maximo que puder, tome bastante liquido, tente evitar movimentos que vao usar muito o abdomem (varrer, passar aspirador, se abaixar, subir escada, cruzar as pernas, etc). Eu so to compartilhando o que me ajudou :)
    bjus, Sarinha!

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  4. quanto mais eu vejo seu dia a dia com Eduardo mais me da vontade em ser mãe. Dizem que é uma sensação maravilhosa e pelo visto é mesmo...
    Parabéns Sarah, teu filho é lindo e muito simpático

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