sexta-feira, 9 de agosto de 2013

Cólica e gases. Já?



Essa foto aí em cima é Eduardinho nesta manhã de sexta-feira, depois da tempestade de ontem. Essa cena aí é impagável para quem o viu vermelho de tanto chorar ontem.

Cólica e gases são muito comuns nos bebês. É uma adaptação enorme que ele precisa fazer depois que nasce. Ainda não posso dizer que o que meu filho tem é cólica, já que o normal é acontecer depois de uns 20 dias e vai até os três meses, geralmente. Devem ser apenas gases. Mas, coitado, em seu quinto dia de vida. É de cortar o coração ver o bichinho tão frágil e sentindo dor. 

Mas não basta a medicação que o pediatra recomendou. Para que essa paz continue na vida do bebezinho, muitas vezes é preciso fazer alguns cortes na alimentação da mãe. Pois é, nem me fale! Se for mesmo cólica, tem que cortar. Quem me conhece (e não precisa ser meu melhor amigo para isso) sabe o quanto gosto de leite. Na verdade, sou viciada. O estoque de leite e iogurte dentro da geladeira lá de casa (só pra mim) é grande. Hoje em dia eu tomo menos (cerca de um litro por dia), mas já cheguei a tomar quase dois litros de leite diariamente. Além disso, no café da manhã e no jantar, eu não abro mão de pão com manteiga e queijo. Sim, e chocolate. Meu leite é achocolatado e minhas sobremesas de fim de semana são sempre com chocolate. Aí você imagina o que estou passando agora, que a pediatra do meu filho sugeriu que eu suspendesse o leite e derivados? "LEITE?!", pensei quase gritando. 



Desde a noite de ontem estou numa adaptação pela nova alimentação. Compramos margarina, leite de soja (é ruim, viu? Digo logo. Para quem gosta de leite de vaca, a soja é de matar!) e café descafeinado. Ontem acabei comendo menos do que eu comeria. Claro, não é fácil deixar de comer o que gosta. Mas para quem está passando ou vai passar por isso, a dica é abrir o leque e começar a procurar outras coisas que não faziam parte do seu cardápio diário. Vou começar a fazer isso agora e, quem sabe, até melhorar a alimentação. Até porque comer pouco enquanto se está amamentando é fora de cogitação. Você fica com uma fome monstra.

Então, vamos lá: somando às dores da cirurgia quando eu sento, deito, levanto e ando, e somando à questão dos seios (que ficam rachados e doem quando o bebê mama e ficam duros e também doem quando ele não está mamando), somando ainda aos pés inchados, sono e cansaço, agora também não posso tomar leite. Calma, não precisa chorar com pena de mim, até porque eu já fiz isso. Vamos então à parte boa de deixar de comer o que você gosta: poder ajudar seu filho a não mais sentir dor. Saber que pode depender de você não vê-lo mais chorar compulsivamente é um alívio. Basta olhar esse rostinho em paz enquanto dorme. Volto a dizer: é tudo muito difícil, mas nada é mais forte que o amor que você já tem por ele.

E quando saber que seu bebê está com cólica? Para ser bem realista, a cólica é quando a criança saudável chora incontrolavelmente, mais que três horas seguidas mais que três vezes por semana, e isso já dura pelo menos três semanas. O bebê chora com tudo. É a única maneira de dizer que tem alguma coisa desconfortável. Chora porque está com fome, cansado, molhado, assustado. Chora porque fez xixi ou coco ou está com calor ou frio. Mas quando, por nada, chora sem parar, certamente é cólica. Mas é preciso ter a ajuda do pediatra antes de medicar. Lembro uma vez que me contaram que levaram o bebê para uma festa de carnaval e colocaram uma fantasia super desconfortável no bichinho. Ele chorou, lógico, e os pais não entendiam porque.

Além do choro, é possível identificar gases ou cólica no bebê quando ele encolhe as perninhas e arqueia as costas para trás. Quando chora, ele se estica e se espreme e solta pum.

Apesar de parecer um momento desesperador, a cólica não é uma doença. Então, calma, que não é nada grave. Acontece em pelo manos 20% dos bebês. Ainda não há estudos que digam se algumas crianças são mais suscetíveis às cólicas que outras, mas acredita-se que o sistema digestivo do bebê ainda é imaturo, por isso sua barriguinha dói em reação a algumas substâncias do leite materno ou do leite artificial. Isso porque pode desorganizar as contrações intestinais do bebê. Ou ainda o sistema nervoso da criança pode não estar ainda amadurecido.

Para amenizar o problema, ajuda fazer massagens na barriga dele e exercícios com as pernas, flexionando os joelhos e levando as pernas até a barriga. Outra dica legal é esquentar uma toalha ou fralda passando no ferro (para ficar morninha, certo? Não deixa muito quente não) e encostar na barriga dele. Eu fiz isso e deixei ele coladinho em mim (olha na foto abaixo). Acalmou por um tempo.



Eu sei, é uma adaptação. Dele e agora minha também. Mas isso faz parte da maternidade. O preço de levar esse boneco lindo para casa é alto. Mas o amor é tão forte, tão inexplicavelmente forte, que você abre mão, sim, de comer o que gosta. E, para quem não sabe, esses cortes podem nem durar a amamentação inteira. Estou fazendo um teste com o leite (e também preferi, por conta própria, evitar café e chocolate), mas em pouco tempo poderei voltar a comer tudo e verificar se as dores nele retornam. Caso isso aconteça, vamos testando os alimentos aos poucos. 

Mas nada que seja tão sacrificante, pessoal. A minha intenção aqui no blog é mostrar, na real, como é o dia a dia de uma mãe de primeira viagem - muitas pessoas não sabem mesmo o quando sentimos dor e como é possível sentir vontade de chorar todos os dias - mas quero aqui principalmente mostrar que ainda assim tudo vale a pena. É só olhar para a foto lá em cima. É o preço que pago por esse bonequinho lindo que ganhei.

2 comentários:

  1. Que bom que ele esta sem dor! Espero que continue assim! Bjokas, Sarinha!

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  2. Oi Sarinha! Em primeiro lugar, parabéns pelo seu filhote lindo e pelo blog (estou acompanhando assiduamente). Não tinha como não comentar este post...meu filhote ainda não nasceu e por isso não passei ainda pelo desafio dos gases e colicas do bebê mas, há cerca de dois anos desenvolvi intolerância à lactose. E eu era assim como vc: louca por leite e derivados. E, sei q p vc isto vai ser uma fase, é possível comer bem sem a lactose. Mas, no início, pela adaptação, nossa dieta pode ficar um pouco inadequada(até o paladar se adaptar aos novos hábitos). Mas, na fase de amamentação, o cuidado para evitar essa inadaptação deve ser maior. Daí vem a dica: hoje existem muitos produtos a base de leite dos quais foram retirada toda a lactose (e não são de soja - q não é mto gostosa mesmo). Existe um leite da marca Piracamjuba q é sem lactose e é mto gostoso (e é vendido aí em Recife). Aí tb é vendido um achocolatado sem lactose (a Rafa só toma dele), além de iogurte sem lactose do leite da vaca. Aqui em BH existem vários queijos (prato, de coalho, cotage) todos sem lactose - se vc quiser posso mandar p vc (posso acondicioná-los direitinho e chegam em 24h - p quem mora fora há tanto tempo, esse foi o meio de continuar comendo as delicias do nordeste, enviadas por minha mãe). É mto importante q a qualidade da sua alimentação seja mantida, pp em relação às proteinas - substratos p formação dos anticorpos q são passados p o bebê. Qualquer coisa q precisar pode contar comigo. Que Deus abençoe sua familia linda e dê muita saúde a Eduardinho! E obrigada por, com seu belo talento, está trazendo alento e conforto a tantas mães como eu - que estão apaixonadas por esse serzinho q Deus mandou e com essa nova fase, mas tb um pouco assustadas com o q é ser "mãe na real". Bjs

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