Quando me disseram que a chave para cuidar bem de um bebê era tranquilidade, passou rapidamente pela minha cabeça: "Eu, agitada e ativa como sou, como vou passar essa tal tranquilidade para meu filho?". Acredite, você muda. Quando tem um bebê, você muda em sua maneira de pensar, de agir e muda até antigos conceitos. E não é uma questão psicológica não. Está tudo comprovado lá no seu cérebro.
Percebi que eu já estava me tornando diferente quando tinha ainda poucas semanas de gravidez em
pleno carnaval. Estava com uns amigos em uma rua até tranquila, para assistir à festa. De repente, começou uma correria, um tumulto, uma briga no meio da multidão e, quando meu marido me procurou para me proteger, eu já estava longe, agachada embaixo de uma mesa. Ele me conhece, sabe que - com essa minha veia de jornalista - eu normalmente teria pego meu telefone celular para filmar a confusão, lá de perto, e até tentar uma entrevista com o brigão. Mas eu estava grávida e nem pensei duas vezes. Minha reação foi de proteger o bebê que estava aqui dentro e que só dependia de mim.
pleno carnaval. Estava com uns amigos em uma rua até tranquila, para assistir à festa. De repente, começou uma correria, um tumulto, uma briga no meio da multidão e, quando meu marido me procurou para me proteger, eu já estava longe, agachada embaixo de uma mesa. Ele me conhece, sabe que - com essa minha veia de jornalista - eu normalmente teria pego meu telefone celular para filmar a confusão, lá de perto, e até tentar uma entrevista com o brigão. Mas eu estava grávida e nem pensei duas vezes. Minha reação foi de proteger o bebê que estava aqui dentro e que só dependia de mim.
Daí a criança nasce e esse sentimento de proteção permanece. Mas outros também aparecem, assim como novas habilidades. E não sou eu quem está dizendo isso não. Especialistas garantem que, quando se tornam mães, as mulheres apresentam alterações no cérebro, que passa a se adaptar a um novo tipo de amor. Há quem diga que o cérebro materno sirva, inclusive, como um bom modelo para o fenômeno de neuroplasticidade, a capacidade do cérebro em criar novas conexões em resposta a um estímulo.
Você pode já ter escutado por aí que o cérebro feminino se torna mais relapso depois da gravidez. Que nada, é conversa. Neurocientistas da Universidade de Richmore, nos Estados Unidos, provaram não apenas que isso é um mito como garantiram que os cérebros das mães se tornam mais capazes de desenvolver novas habilidades. No livro "Inteligência de Mãe", a escritora e jornalista norte-americana Katherine Ellison explica que existe um aperfeiçoamento do cérebro da mamãe em cinco áreas: percepção, eficiência, motivação, calma e inteligência emocional. A autora diz ter descoberto que a maternidade é um momento de aprendizado acelerado e que o nosso corpo contribui para isso. Esses mesmos estudos também explicam a postura mais recatada que normalmente as mamães passam a adotar.
Agora voltemos a falar sobre a tranquilidade que temos que passar aos bebês. Como estava falando, eu, agitada e ativa como sou, me surpreendi com a maneira como venho cuidando do meu filho. Com outras pessoas e outros afazeres, eu continuo rápida, prática e agitada, sim. Mas com meu bebê, a história é outra. Desde sempre, converso com ele baixinho, com calma e com carinho. Quando estou com ele, o resto pode esperar. O telefone que tocava e eu corria para atender, agora, seja quem for, ligará novamente se for importante. Certas coisas precisam mesmo ser desaceleradas. Meu filho vai crescendo e eu já começo a brincar mais e agitá-lo mais, mas cada coisa em sua hora. Por enquanto, tudo com muita calma, quem diria!
Você já teve seu bebê? Percebeu como sua cabeça mudou sobre determinadas questões? Especialistas no assunto dizem que, além da alteração dos níveis de estrogênio e progesterona, há alterações no humor, nos hábitos, nas habilidades e até no grau de importância que as coisas passam a ter dali por diante. Logo após o parto, o cérebro da mulher passa por um crescimento e isso reflete no desenvolvimento do raciocínio, no comportamento e no aumento da motivação. É por isso que ficamos com aquela vontade de fazer tudo pelo filho, apesar do cansaço, apesar das dores, apesar das noites mal dormidas. Ou seja, é por isso que toda mãe tem aquele sentimento gostoso que só uma mãe sabe como é. E assim, a gente entende que, definitivamente, não somos mais a mesma pessoa.
Meu instinto materno está bastante aguçado depois desta blog. Parabéns Sarinha... Você é uma super mãe
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