Todo mundo sabe que o álcool em excesso é prejudicial, independente de se estar grávida ou não. Mas há quem defenda que tomar só uma tacinha de vinho não faz mal ao bebê que está ali na barriguinha. É o que você acha? Então, leia esse texto, mamãe!
Até pouco tempo, era isso que se defendia, de fato. Em um estudo na University College de Londres, pesquisadores analisaram o comportamento e as habilidades de mais de dez mil crianças britânicas de sete anos cujas mães não consumiram ou consumiram quantidades moderadas de bebida durante a gravidez. O que se descobriu foram poucas diferenças entre as crianças filhas de mães que não beberam e as filhas das mães que beberam de maneira moderada.
Mas nem todos defendem isso. E agora parece que se descobriu mais caroço nesse angu! Estudos recentes mostraram que não há dose segura para consumo de álcool na gravidez. De acordo com o ginecologista e obstetra Luis Lippo, mesmo doses pequenas podem ser prejudiciais ao concepto. "Já foram relatados efeitos graves como retardo do crescimento fetal, prematuridade, prejuízo no desenvolvimento neurológico, na aprendizagem e na fala e linguagem, bem como distúrbios de concentração e hiperatividade", diz Lippo. E olha que ele está falando de pequenas doses de álcool. Segundo o médico, se o consumo for exagerado, existe uma síndrome alcoólica fetal, com malformações cardíacas, faciais, e outras. Resumindo: tem prejuízo físico e neurológico. "E não temos como ter certeza se existe droga segura", completa.
O que acontece é o seguinte: cada mulher metaboliza o álcool de maneira diferente. A bebida atravessa facilmente a barreira da placenta e o feto não está tão preparado como a mãe para eliminar o álcool. Aí ele recebe uma concentração alta dessa substância, que vai permanecer em seu organismo por mais tempo, podendo causar algumas lesões.
Os especialistas dizem que a melhor maneira de evitar a síndrome alcoólica fetal é prevenindo. Ou seja, não colocando uma gotinha de álcool na boca! É isso inclui cerveja, vinho, licores, enfim, tudo!
Lembre-se que seu bebezinho está em formação, mamãe! Durante os três primeiros meses de gravidez, quando o feto está desenvolvendo seu cérebro, o perigo do álcool é maior, porque ele evita que as conexões cerebrais do feto se formem adequadamente. Isso não quer dizer que você pode beber depois desse período. Está comprovado que durante os últimos meses, o álcool pode prejudicar gravemente o sistema nervoso, que estará em pleno desenvolvimento. E aí, na dúvida, vai arriscar?
Bem, e para as mamães que já estão grávidas e já consumiram uma tacinha, o passado a Deus pertence! Esqueça e procure não beber mais. Não entre em parafuso, com medo de ter prejudicado seu filhote. Bola pra frente e (regra geral para todas): longe do álcool!
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