segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Nada de andador!



Nem tudo o que se usava quando nós éramos crianças deve ser utilizado hoje. E não que os riscos tenham mudado, mas a informação é mais precisa. Se hoje sabe-se que certas condutas não são recomendadas por serem prejudiciais - vamos combinar, né? - precisamos nos adaptar. O andador é um exemplo. Não deve ser usado. Não deve mesmo. 

A justificativa de muitos pais que compram um andador para os filhos é de que ele dá mais segurança às crianças, já que evita as quedas, proporciona mais independência, promove o desenvolvimento, além de ser um bom exercício físico. Outros deixam a criança no andador por comodidade. Isso porque o bebê fica ali e você fica livre para fazer outras atividades. Esqueça tudo isso. Essas teorias são todas condenadas pela literatura científica.

Vamos começar pelos riscos mais imediatos: os andadores são responsáveis pelo maior número de casos de traumatismo craniano nos bebês. É isso mesmo! Além das possíveis quedas - e principalmente em escadas - há crianças que sofrem queimaduras, intoxicações e afogamentos porque estavam no andador. É que elas ficam presas e não conseguem sair facilmente. Basta um batentezinho no meio do caminho e... queda!

Para se ter uma ideia, no Canadá a venda dos andadores é proibida desde 2007. Na Europa e nos EUA existem movimentos para condenarem o seu uso. Aqui no Brasil, os pediatras não recomendam o produto. E por motivos muitos simples. Se você achou pouco seu filho correr o risco de se acidentar, vamos para os problemas a longo prazo. Veja só o mal que o danado do brinquedo causa! De acordo com pediatras, os bebês que usam o andador podem apresentar atraso no desenvolvimento psicomotor e levar mais tempo para ficar de pé e caminhar sem apoio. Tem mais: eles fazem menos esforço para andar, fazendo menos exercício físico, o que também é ruim. Segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria, que recentemente fez um movimento para abolir o uso dos andadores de bebês, a utilização deles pode deixar de estimular alguns músculos e atrasar os primeiros passos da criança.

Para os pais que acreditam que o brinquedo é importante para dar independência à criança, saiba que é independência demais numa fase em que ela ainda não tem a menor noção de perigo. Pense nisso, ajude seu filho a andar estando ao lado dele e, por favor, jogue fora o andador.

Um comentário:

  1. Já ouvi falar horrores do andador, tanto que nem passou pela nossa cabeça comprar um... O post vem para confirmar que fizemos a escolha certa, rs!

    E gostei do comentário no início do post:

    "Nem tudo o que se usava quando nós éramos crianças deve ser utilizado hoje. E não que os riscos tenham mudado, mas a informação é mais precisa."

    Às vezes é difícil fazer algumas pessoas mais velhas entenderem que quando você opta por não repetir um comportamento que foi delas não é porque você condena a mãe que elas foram. Era falta de informação adequada - e não falta de cuidado com os filhos - que fazia com que algumas coisas fossem comuns (como o andador, por exemplo).

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